Dental Cyborg
Você já percebeu que não vive mais sem máquinas?
Que sua relação com elas é simbiótica?
E que você depende delas para sobreviver e elas de você para evoluir?
Quando penso nessa simbiose, eu enxergo além do uso ferramental delas.
Enxergo-as como parte do nosso corpo, uma espécie de extensão que aumenta nossas capacidades braçais e cognitivas, nos tornando tão poderosos quanto nunca fomos.
Me vem aquela imagem cinematográfica de um ser humano trajando um exoesqueleto cheio de funções.
Mas, no lugar de armas, ele possuiria câmeras, sensores e ferramentas que auxiliariam nossa prática odontológica!
Sim!
Seria muito legal!
Você se imagina vestindo um?
Parece futurista, né?
Você seria um Dental Cyborg!
Utilizando o que há de melhor nas máquinas para cobrir suas deficiências manuais e técnicocognitivas, potencializando o tratamento dos seus pacientes.
Essa tecnologia já é usada atualmente?
Apesar de ainda não “vestirmos” elas como exoesqueleto, essa expansão de funções nós já usamos, não?
Câmeras intra-orais nos deram olhos mais eficientes, fotopolimerizadores criaram a capacidade de mudarmos o estado físico da matéria, sistemas CAD-CAM nos permitem teletransportar pacientes para outros lugares e materializar tratamentos, os sistemas rotatórios que aceleraram nossas mãos…
Nos últimos anos, temos visto a inteligência artificial, big-data e machine learning nos emprestando funções também, aumentando nossa capacidade de retenção de informações e diminuindo riscos de nossas decisões.
Uma nova superinteligência a serviço da Odontologia.
Isso tudo é realmente fascinante!
Olhando pro futuro, vejo muito claramente isso na nossa rotina clínica.
Mas, há o que evoluir.
Me parece ainda, engatinhar a interface de comunicação com essas máquinas: o tal do Input/Output (I/O).
De modo bem simplista, Input é a informação sendo inserida em um sistema computacional, tipo quando você digita um texto, e Output é o resultado do processamento dessa informação inserida: este artigo pronto, por exemplo.
No caso do tema desse artigo, o problema reside no Input.
Pra escrever um texto como esse, de 1000 palavras, eu precisei de no mínimo 20 minutos de digitação, fora a quantidade de informações complementares que tive que estudar.
Os métodos tracionais de Input humano, são lentos e geralmente não acompanham a capacidade de processamento e retorno das máquinas (output).
Porém, já há um caminho para reduzir isso.
A voz e seus pulsos cerebrais, evoluem para serem formas padrões de Input, reduzindo drasticamente essa deficiência e introduzindo, de vez, a vida cibernética na vida das pessoas e, certamente, de profissionais da Odontologia.
Alinhamento tecnológico
Com a vida cada vez mais atrelada à tecnologias, é impossível não imaginar um futuro distópico no qual o consultório dará lugar a um centro tecnológico e o jaleco a um exoesqueleto, onde o dentista é parte emocional e social, e os sistemas computacionais a parte lógica e operacional.
E você, já se sente um Dental Cyborg?
Vê com restrição ou está empolgado com a ideia?
Deixe seu comentário pra discutir conosco essa visão “futurista” da Odontologia.