odontologia

A ótica da odontologia com base em "Estratégia do Oceano Azul"

Nesse artigo, eu resolvi trazer pra vocês dois conhecimentos muito legais, e que cabem exatamente nesse momento da odontologia atual.

Como a odontologia está cada vez mais tecnológica e competitiva, ler o livro “Estratégia do Oceano Azul” e ter o conhecimento da curva de adoção de tecnologia é essencial.

Sobre o livro, falo mais tarde…

Mas, vamos falar primeiro da curva de adoção de tecnologia.

Já conhece?  

Caso a resposta para esta questão seja não.

Uma dica, é bom conhecer!

Ela é quase uma máxima nesse novo mercado que a tecnologia interage, se funde ou até destrói métodos tradicionais.

Se vocês nunca a viram, segue abaixo:

gráfico odontologia

Eu sei que tem gente que tem dificuldade com gráficos, então vou tentar explicar em poucas palavras.

No eixo X, nós podemos ver a linha de tempo.

Quanto mais deslocado à direita, mais as pessoas demoraram para comprar determinada tecnologia.

O eixo Y, guarda a informação de quantas pessoas compraram a tecnologia.

Em resumo, quanto mais pra cima o deslocamento do gráfico, mais o cara que desenvolveu a tecnologia está ganhando.

Vamos olhar para o pé direito do gráfico: observar os 16% das pessoas que adotaram aquela tecnologia de maneira antecipada, os early adopters.

Esses caras adoram coisa nova… Tecnologia então, nem se fala.

Eles, normalmente, pagam um preço mais caro pelo pioneirismo, entretanto, estão à frente.

Passam um tempo utilizando, mas tem uma hora que param de gerar renda para os desenvolvedores.

No gráfico esse momento é representado por um vazio chamado “O Abismo”.

As empresas param de ganhar dinheiro.

Mas, a empresa ligada sabe, que em algum momento esse consumo retorna.

Os early adopters são a chave do desenvolvimento dessas tecnologias.

Usam elas durante muito tempo, praticamente sozinhos, e apresentam feedbacks que tornam o produto melhor e mais usável.

E, consequentemente, viram doutrinadores daquilo.

Ensinam os outros que vem depois do “Abismo”: a maioria inicial e maioria tardia.

O pessoal do meião do gráfico.

Ambos, maioria inicial e tardia, não consomem essa tecnologia antecipadamente por vários motivos: falta de acesso (dinheiro, posição geográfica, recursos naturais…) ou falta de visão do quanto isso pode representar como solução prática na vida.

Quando os celulares foram lançados, muitos usuários não conseguiam enxergar vantagem nisso, pelo fato de obter seu telefone em casa.

Hoje em dia, já faz parte de sua indumentária.

No pé direito do gráfico estão os atrasados, céticos ou retardatários.

Essa é a galera desconfiada que, mesmo com um produto barato e acessível, só acredita (e utiliza) depois que todos estiverem utilizando.

Eu consigo observar claramente todos esses tipos de pessoas no mundo Odontológico, especialmente no Brasil, nesse momento de digitalização de nossos processos.

Tirando alguns irresponsáveis que utilizam tecnologias e técnicas não apoiadas em ciência e sem generalizar, vejo assim:

Early Adopters

São o pessoal que topa tudo de novo.

São os profissionais que já tem em seu consultório, escâneres intraorais, fresadoras, tomógrafos, sistemas de alta gestão, e já aplicam na prática os softwares que acompanham as máquinas.

No Brasil, vejo esse movimento aumentar à uns 5 anos, mas não creio que tenhamos chegado aos 16%.

Com os novos cursos de Especialização em Odontologia digital, esse panorama tende a mudar em pouco tempo.

Maioria Inicial e Tardia

A maioria (inicial e tardia), só faz aquilo que aprendem nas cadeiras da graduação e pós-graduação, e ali ficam até fazerem novos cursos.

Antigamente, muitos professores ainda aprisionados na vida acadêmica, propagavam conhecimentos desatualizados.  

É de se esperar, então, que esses profissionais só se atualizem mesmo quando a hype chegar.

Ou quando a indústria pegar pesado na divulgação e derrubar preços.

E creio que esse momento está chegando!

Muitas especializações tradicionais começaram de Odontologia Digital, falam mais seriamente no assunto o que me leva a crer que em até 2 anos, estaremos no real “boom” das atuais tecnologias disruptivas da odontologia.

Céticos

Eu caracterizo às instituições de ensino superior de graduação como os que adotam tecnologias mais tardiamente no Brasil.

Seja por custo (e isso é cada vez mais relevante nas IES) ou por falta de mão de obra (professores e técnicos), as IES não cumprem o papel de formar profissionais atualizados nesse mundo tecnológico.

Por exemplo, pouco se vê nas graduações de Odontologia conhecimento básico de gestão, robótica ou análise de dados, tão essenciais para esse momento.

Esse cenário tende a melhorar, quando na formação básica (ensino básico) algumas escolas já se preocupam com isso.

Conseguiu entender minha visão cada um deles e o contexto Odontológico?

Voltando ao livro...

Aí entra o livro “Estratégia do Oceano Azul”.

Nele, o autor, W. Chan Kim, descreve mercados altamente competitivos como um Oceano Vermelho e, aquele que há extrema diferenciação, como Oceano Azul.

Quando eu observo o gráfico, procuro fazer uma leitura bem simplista e apoiada no livro: quem está à esquerda do “Abismo” está em Mar Azul: águas calmas, transparentes e logo aprenderá a navegar sem muitos perrengues.

O lado da OPORTUNIDADE.

Quem está à direita do “Abismo” está em Mar vermelho: águas turbulentas, onde os tubarões competem e se mordem deixando rastro vermelho de sangue.

O lado da AMEAÇA.

Claro, que há muitas formas de se diferenciar como profissional.

Mas, eu defendo que o conhecimento e adoção de novas tecnologias é, muito mais que um diferencial, uma competência essencial que poucos tem se atentado.

E como não se aprende rápido, esse profissional conhecedor sempre estará a frente.

Você pode até ser um tubarão forte, ágil, com presas afiadas e mandíbula insuperável.

Mas, o tempo é senhor do destino e, um dia, surge um novo tubarão com as mesmas características.

Se você navega em mar azul, seus “concorrentes” são parceiros de jornada.

Ninguém te para, e você pode navegar mais longe.

E o melhor de tudo: você muda a realidade das pessoas e passa a ser referência.

Tem um preço, claro!

Mas, você sempre estará limpo e seguro.

Melhor navegar em mar azul, né?

Por isso, eu sugiro que você faça as seguintes reflexões:

  • Onde você está navegando em mar azul ou vermelho?
  • Como a tecnologia pode me auxiliar para eu navegar apenas em mar azul?
  • Quais minhas dificuldades para navegar em mar azul?
  • Quais os próximos passos para me posicionar, cada vez mais, em mar azul?
  • O que devo fazer pra navegar apenas em mar azul?

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